segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

LUTO NA CAPOEIRA: MORRE MESTRE JOÃO PEQUENO DE PASTINHA

Morreu na tarde de sexta-feira (9), às 14h, no Hospital Teresa de Lisieux, em Salvador, o mestre baiano da Capoeira Angola, João Pequeno de Pastinha. A morte do capoeirista, que completaria 94 anos no próximo dia 27, foi divulgada em uma nota de falecimento publicada no perfil do Facebook de Cristiane Miranda, conhecida como" Nani de João Pequeno", neta de João Pequeno. A causa de sua morte ainda não foi divulgada bem como informações sobre o velório.

Natural de Araçi, interior baiano, mestre João Pequeno, aos 15 anos, fugiu da seca a pé, indo até Alagoinhas seguindo depois para Mata de São João, onde permaneceu dez anos e trabalhou na plantação de cana-de-açúcar como chamador de boi, então conheceu Juvêncio na Fazenda São Pedro, que era ferreiro e capoeirista, quando tomou o primeiro contato com essa arte que sintetiza dança e luta.

Aos 25 anos, mudou-se para Salvador, onde trabalhou como condutor de bondes e na construção civil como servente de pedreiro, pedreiro, chegando a ser mestre de obras. Foi na construção civil que conheceu Cândido que lhe apresentou o mestre Barbosa que era um carregador do Largo 2 de Julho. Inscreveu-se no Centro Esportivo de Capoeira Angola, que era uma congregação de capoeiristas coordenada pelo Mestre Pastinha. Desde então, João Pereira passou a acompanhar o mestre Pastinha que logo ofereceu-lhe o cargo de treine, por volta de 1945.
Em Dezembro de 2003 no dia 18, mestre João Pequeno de Pastinha recebe o diploma de doutor Honoris causa pela UFU/ MG.

Fonte:http://www.atribunacultural.com.br/modules/xnews/article.php?storyid=1467 (acesso dia 12/12)

sábado, 3 de dezembro de 2011

VISITA AO QUILOMBO DOS PALMARES E PARTICIPAÇÃO DO RITO DE PASSAGEM DE ABDIAS NASCIMENTO

Em maio de 2011 faleceu um dos maiores intelectuais brasileiros e ícones da luta contra o racismo e as desigualdades raciais no Brasil,o ex- senador Abdias Nascimento.
No dia 13/11, atendendo ao pedido de Abdias Nascimento, ainda em vida; suas cinzas forma depositadas na Serra da Barriga, no município de União dos Palmares- Alagoas, no antigo quilombo do Palmares referência das lutas de resistências dos escravos. O intuito da cerimônia era celebrar vida e obra de Abdias Nascimento.
O evento contou com participação de vários movimentos negros e entidades engajadas com a militância anti-racista de todo mundo, incluindo bolsistas do PIBID, que tiveram o prazer de presenciar esse momento histórico memorável.
Além da cerimonia prevista, os bolsistas realizaram visitas aos museus  Maria Mariá (Líder feminista, professora na cidade de União dos Palmares que lutava pela liberdade individual e em prol de melhores condições de ensino) e Jorge Lima (Romancista e poeta, nascido em União dos Palmares. O museu em seu 2° plano retrata evidências arqueológicas do quilombo). Outro evento que contou com a presença dos bolsitas foi o 3° encontro nacional Alagoano de Hip Hop.
No dia da cerimônia dedicada à Abdias foi apresentado evento o grupo de Salvador Ilê Aiyê, visita ao lago dos negros e a árvore sagrada.
Segue algumas fotos que marcaram a ida ao estado de Alagoas. 
 








segunda-feira, 10 de outubro de 2011

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

UFU - Publicação de trabalho

Foi realizado nos dias 05/09 a 09/09 apresentação do trabalho de bolsista do PIBID de História e cultura afro brasileira. O evento é oferecido pelo Núcleo de Antropologia Urbana (NAU/USP) coordenado pelo Professor José Guilherme Cantor Magnani, denominado X graduação em campo e contou com a participação da discente Pollyanna Fabrini, explanando sobre a temática da Congada.

Angolana é eleita Miss Universo 2011.

A belíssima angolana Leila Lopes venceu a 60a edição do Miss Universo, que ocorreu nesta segunda-feira (12) no Credicard Hall, na capital paulista. Ela era uma das favoritas ao título e foi a mais aplaudida da noite. A brasileira Priscila Machado ficou em terceiro lugar. A ucraniana Olesia Stefanko ficou em segundo.


Leila Lopes, a Miss Universo 2011

Retirado de: http://br.omg.yahoo.com/noticias/angolana

Podemos considerar que a consagração da candidata se deu por:

1- Quebra de paradigma de um modelo padrão estabelecido?
2- Ou mera conveniência por 2011 ser o ano internacional dos afrodescendentes? 

São questões que valem a pena ser refletidas. O que você acha??

Dê sua opinião!!!

Curiosidade:

Segue link com fotos das candidatas miss universo 2011 do continente Africano.

http://br.omg.yahoo.com/fotos/miss-universo-2011-%C3%A1frica-1314384375-slideshow/





quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Programa Formação Continuada com Docentes

O PIBID subdivisão História e Cultura Africana e Afro-brasileira participou do III Seminário Coletivo do Programa 2011 de Formação Continuada com Docentes, com o tema: Políticas Públicas de Igualdade Racial, em 26 e 27/08/2011; para compartilhar experiencias desse PIBID nas escolas E.M. Dr. Gladsen Guerra de Rezende, E.E. Américo René Giannetti e E.E. Segismundo Pereira. Nós expomos nosso trabalho com os docentes participantes do seminário, como forma de troca de experiências e mostrar a eles que existem várias formas de trabalho da temática Africana nas escolas e em suas várias áreas. Segue aqui as fotos do evento.

sábado, 27 de agosto de 2011

Proposta para o II Concurso de Redação, desenho e Grafite

Segue o edital  para o II Concurso de redação, desenho e grafite para o próximo semestro na E. M. Gladsen Guerra.
-> Clique aqui para baixar.


Veja também, o subprojeto "Olhar a áfrica e ver o Brasil", da professora Bia, clicando aqui.

Trabalhos realizados pela professora Bia

Trabalho realizado pela professora Sebiana do Vale Duarte Barbosa - Prof. História" Construção de frases com a temática afro:

 
Clique aqui para baixar todas.

Banners - Belezafro

Segue abaixo as imagens dos Banners representativos da escola, que contém os vencedores do Concurso Belezafro, tanto da manhã quanto da tarde.




quinta-feira, 26 de maio de 2011

Concurso Belezafro 2011

O Concurso 'Belezafro' foi realizado na escola no dia 13 de maio de 2011, com a finalidade de escolher um casal de alunos afro-descendentes para representar a escola em banners e afins. Contou com a participação de 1 casal por sala, que desfilou para toda a escola. O Juri foi composto por funcionários da escola e pibidianos.
Abaixo, as imagens do evento:


* Casal campeão do turno da manhã:

Gustavo e Tatiane - sala 18

* Casal campeão do turno da tarde:

Iago Luis e Laura Beatriz - sala 4

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Maratona Periferarte

No domingo, 01 de maio os pibidianos se reuniram em um evento realizado pela ONG Periferarte no bairro Canaã para levar a comunidade um pouco do trabalho que temos realizado na E. M. Dr. Gladsen Guerra.
Havia uma tenda, expondo os trabalhos que os alunos da escola já realizaram e também a arte em Grafite do Carlinhos, que fez uma faixa para a escola.
 Clique aqui para ver mais fotos

UFU - apresentação de artigo

No dia 30/04 os bolsistas do PIBID realizaram a apresentação de um artigo que exaltava as diretrizes e bases para as educações étnico-raciais relacionando-as com as diretrizes para o curso de graduação dos quais fazemso parte. Houveram apresentações dos cursos de História, Ciências Biológicas, Teatro, Pedagocia e Ciências Sociais.

Clique aqui para ver todas as fotos.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Revista Raça Brasil - Brincando de construir a autoestima

A indústria cultural e de brinquedos começa a descobrir a importância de oferecer aos pequenos as referências que espelham as nossas raízes africanas

Lúcia, Joyce e Cristina, da Preta Pretinha. Bonecas com estilo próprio  

Brincadeiras infantis funcionam como uma espécie de treino para as crianças apreenderem e tirarem suas próprias conclusões sobre o mundo que os cercam, fazerem suas experiências e se prepararem para viver mais tarde, com desenvoltura, situações do mundo real. Acontece que até alguns anos era raro encontrar na extensa lista de produtos culturais ou de entretenimento voltados para os pequenos, exemplos que trouxessem a figura do negro como protagonista e representado de forma positiva. Esta realidade já começou a mudar. A Barbie é a boneca mais vendida no mundo e há cinco décadas encanta meninas em praticamente todo o planeta. Em maio, as garotas brasileiras terão também uma versão com características afro. A linha atual, lançada nos Estados unidos em dezembro e batizada de So In Style, foi especialmente desenhada para reproduzir algumas características típicas dos negros, como o nariz um pouco mais largo, lábios carnudos e bochechas proeminentes. "Criei esta boneca porque percebi, como mãe de uma menininha de 7 anos, que havia uma lacuna de mercado a ser preenchida. Quis que minha filha tivesse uma boneca negra que se assemelhasse a ela. Esta nova linha é única, à medida em que reflete as características estéticas da comunidade negra e deve nos ajudar a reiterar que ser negro é lindo", afirma Stacey McBride-irby, designer da Mattel há 12 anos. Stacey revela que, além de realizar um sonho pessoal, ela e a empresa foram sensíveis aos apelos de mulheres da comunidade negra norte-americana, que demonstravam o anseio de ver modelos da famosa boneca com as quais elas próprias e suas crianças pudessem se identificar.


Exemplo brasileiro
Há 10 anos, a empresária Antonia Joyce Venâncio e suas duas irmãs tiveram a iniciativa de abrir a loja Preta Pretinha, com simpáticas bonecas de pano - a maioria delas negras e outras com características asiáticas. "Começamos o negócio porque queríamos fazer uma boneca referenciada em nossa própria família e nas bonecas que nossa avó criava para nós. Até então, as disponíveis nas lojas passavam longe do padrão das crianças brasileiras e as poucas opções negras eram estereotipadas, muitas vezes de olhos esbugalhados e roupinha de chita, características distantes da nossa realidade", relata Joyce. Ao longo de uma década, a loja cresceu e tem entre seus itens um amplo leque de diversidade - de bonequinhas paraplégicas ou anãs, até outras com síndrome de Dowm - muitas delas feitas de vinil (material semelhante ao plástico). Só não muda o que Joyce e suas irmãs têm em mente: não basta fabricar modelos mais bonitos; é preciso instigar o diálogo nas famílias e na sociedade no sentido de valorizarem as qualidades da raça, tratando suas peculiaridades com naturalidade e a rica bagagem da cultura afro-brasileira com respeito. "A menina vai carregar sua bonequinha na rua, na escola e em algum momento será questionada. Ela precisa se sentir segura para admitir que a boneca é diferente sim, porém se parece com ela, e por isso é bonita", explica Joyce.
Trata-se de uma convicção e de um tipo de raciocínio nem sempre construídos em casa. Conforme avalia a empresária, quando isto falta, independentemente da condição sócio-econômica da família, é como se faltasse uma pedra fundamental na autoestima da criança. Para ilustrar a situação, Joyce conta que um dia entrou na loja um rapaz negro, engenheiro e aparentemente bem-sucedido. Encantado com as bonecas, resolveu dar uma de presente para a filha. Quando a levou à loja, alguns dias depois, para que escolhesse, a garota ficou meio perdida diante das bonecas. A mãe, dona de casa e também negra, sugeriu então que a menina levasse uma boneca branca. Temia que se ela levasse um modelo diferente, a filha passasse por algum constrangimento na escola (uma instituição de alto nível e frequentada em sua maioria por crianças brancas). "Vi que o pai ficou um tanto frustrado e resolveu levar duas bonecas, a que a menina escolheu e a que ele realmente queria dar para ela."
A psicóloga e escritora Dora Lorch, autora do livro Como Educar sem Violência, entre outros, também chama a atenção para a importância de os pais, a partir do diálogo familiar, construírem a autoaceitação da criança. "Lembro-me bem de um casal, cuja mulher era loira, que resolveu adotar duas irmãs negras. Eles as tratavam sem nenhum preconceito, mas certa altura ficou evidente a dificuldade das meninas de lidarem com sua negritude, pois o modelo que tinham era a mãe branca". Seu conselho é que os pais aprendam a valorizar atributos individuais da criança e não apenas atributos físicos ou talentos natos, como o dom para a música, para os esportes, a beleza, mas também a valorização da capacidade de se esforçar e se desenvolver como pessoa, por exemplo, por meio do estudo e do trabalho. "Apontar exemplos como o ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, que não se contentou em ter o dom da inteligência e batalhou por seu espaço, é dar à criança o direito de pensar: eu também sou negra e eu também posso conseguir".


 
 
"SÃO VÁRIOS OS ELEMENTOS NECESSÁRIOS A ESTA FORMAÇÃO, MAS EXISTE SOMENTE UM QUE ALICERÇA E DÁ BASE DE SUSTENTAÇÃO PARA DEMAIS: O AMOR, ESCRITO VIVIDO"





Princesa dos contos de fada 

Para crianças, é inevitável muitos exemplos virem da ficção. O mais recente sucesso da Disney Filmes, a animação A Princesa e o Sapo, chegou às salas de exibição norte-americanas liderando a bilheteria. Superando The Blind Side - um filme sobre futebol americano e estrelado por Sandra Bullock -, arrecadou, de saída, 25 milhões de dólares, 10 milhões a mais que o segundo colocado. A história é uma adaptação do clássico conto para crianças e tem como protagonista a primeira princesa negra da Disney. Além disso, traz como cenário a cidade de New Orleans em pleno florescimento do jazz, mostrando, portanto, toda a riqueza da cultura afro-americana que se desenvolveu por lá. "Eu, como psicóloga, vibro com estas iniciativas, que me servem como ferramentas", diz a psicóloga clínica e organizacional Ana Maria Silva. "Por exemplo, ao trabalhar na clínica com a questão da autoestima, preciso de bonecos negros e hoje tenho facilidade em encontrá-los. A partir disso posso ver como as pessoas se relacionam com sua negritude e, consequentemente, como é sua autoestima. Se a criança tem bonecas negras, é sinal de que, na família, a questão no mínimo começou a ser olhada." 

Ana Maria alerta, no entanto, que a construção da autoestima na criança é bem mais complexa. "São vários os elementos necessários a esta formação, mas existe somente um que alicerça e dá a base de sustentação para os demais: o AMOR, escrito e vivido em maiúsculo. Sabemos que se constrói a autoestima a partir da assimilação e interiorização de como somos amados. Este é o ponto de partida. Se os pais, ao conceberem seu filho, aceitarem verdadeiramente sua vinda, já é um ponto a favor da autoestima da criança". Outros ingredientes são igualmente necessários, como o respeito, a dignidade, a consideração e a admiração dirigidos à criança. Se no decorrer do tempo os pais incentivam e demonstram interesse pelo que o filho faz, estão no caminho certo. Por sorte há muitas formas de demonstrar isso e a mais efetiva não requer nada muito elaborado, nem poder aquisitivo para comprar nada. Basta o olhar, imbuído de afeto.
A designer Stacey McBride-Irby e suas Barbies negras
E na literatura...
Em 1995, a escritora carioca Sonia rosa publicou o primeiro de seus atuais 30 livros, o Menino Nito (Editora Pallas). Até agora, todos são dedicados ao público infanto-juvenil e a autora se destaca por trazer personagens negros ou a temática da cultura afro-brasileira em quase todos eles. A abordagem, no entanto, começou de forma casual. "A vida nos reserva surpresas e eu nunca havia me imaginado como escritora. Mas gostava de contar histórias. Quando escrevi O Menino Nito, a inspiração foi um amigo mulato chamado Francisco, muito bonito, e daí vinha o apelido de Nito, uma corruptela de 'bonito'. Por isso exigi da ilustradora que o personagem fosse um menino negro, algo não usual na época. Mas a história deste menino que engole o choro pode ser comum a todas as crianças e acho importante também existirem personagens negros em situações de conforto", acredita a autora. Ela destaca a importância da lei 10.639/03, que tornou obrigatório o ensino da história e da cultura da áfrica nas escolas brasileiras. "Fiz um curso de quase dois anos na universidade Castello Branco sobre áfrica-Brasil e descobri coisas que ninguém havia me contado sobre a verdadeira história dos negros. Posso dizer que este foi o curso mais importante da minha vida, pois me deu conhecimento sobre mim mesma", comenta. Certamente, deu subsídios a ela para enriquecer seu repertório e criar uma série como Lembranças Africanas e histórias como O Tesouro de Monifa, que trata justamente da descoberta das raízes de uma garotinha afro-descendente depois de receber os escritos de sua tataravô, trazida ao Brasil por um navio negreiro. O livro traz à tona a questão da autoestima e do pensamento, que nunca se escraviza. Hoje os livros de Sonia rosa não são apenas expoentes ou exceções. A autora se alinha com muitos outros escritores de grande valor, como Nei Lopes, Ziraldo, Ana Maria Machado e tantos mais que não se intimidam em demonstrar que nossa maior riqueza cultural está na diversidade.


Para a Educação Infantil

O blog Compartilhando Leituras traz indicações de livros de histórias brasileiras de origem africana, para trabalho com crianças.

O coelho e a onça : histórias brasileiras de origem africana 
Adaptação: Eduardo Longevo - Ilustrações: Denise Nascimento  -  Editora: Paulinas
Como em muitas histórias do folclore africano, encontramos aqui a disputa entre a força física de um e a astúcia e inteligência do outro, considerado mais frágil. Além da disputa entre onça e coelho encontramos também o jabuti contra coelho e macaco jovem contra onça ratificando a ideia da vitória da inteligência sobre a força física.
O livro é dividido em três histórias que formam uma. Inicia narrando o motivo da discórdia entre a onça e o coelho passando pelas tentativas frustradas de conciliações e finaliza com uma moral.  Durante a leitura é possível perceber elementos e acontecimentos que aparecem em outras fábulas e até com outras personagens, o que é bastante característico de histórias orais que há séculos são contadas e recontadas. É do tipo de história que costuma agradar a crianças e adultos.
Destaco também as belas ilustrações do livro.

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 A Revista Nova Escola também traz o planejamento de uma atividade para ser realizada com crianças de 4 a 5 anos, trazendo as etapas e uma proposta de avaliação:

Faixa etária: 4 e 5 anos
Objetivos: Conhecer e vivenciar produções culturais brasileiras com influências africanas.
Conteúdos
- Heranças culturais africanas e brasileiras.
- Música, dança e brincadeiras.

Tempo estimado: Dois meses.
Material necessário: Livros, revistas, imagens, material para registro, CDs com músicas africanas e brasileiras, tecidos, instrumentos musicais e mapas.

Desenvolvimento

1ª etapa
Apresente músicas brasileiras de ritmos de origem africana (como o samba e o maracatu) e converse com as crianças sobre elas: já conhecem? Se parecem com algo que já ouviram? Gostam ou não? Por quê? Explique que essas músicas têm origem em um continente chamado África, separado do Brasil pelo oceano Atlântico. Para comparar, escute com o grupo outra música (escolha, agora, uma canção tradicional africana). Questione: ela se parece com a que ouvimos antes? Peça, ainda, que a turma leve livros, fotos e outros registros do continente. Você também deve preparar a mesma pesquisa.

2ª etapa
Explore os materiais trazidos em uma roda de conversa. Foque a discussão nos costumes dos grupos que serão estudados: vestimentas, alimentos, música, dança, brincadeiras etc. Lembre-se de mostrar o globo terrestre para que se aproximem da ideia do que é um continente ou país.

3ª etapa
Forme grupos e sugira que cada um aprofunde a pesquisa em um dos temas levantados. Explique que o objetivo é obter mais informações sobre costumes dos povos africanos e que cada grupo deve mergulhar em um assunto específico, procurando mais informações em livros, internet, vídeos e outras fontes de informação. Peça ainda que reflitam: quais das práticas levantadas também acontecem no Brasil? De que jeito? Como forma de registro, proponha a criação de um painel coletivo para reunir as informações, garantindo que possam ser consultadas por todos sempre que necessário.

4ª etapa
Leve para a sala instrumentos musicais de origem africana, como agogô, caxixi e alfaia e mostre às crianças as maneiras de tocá-los. Apresente também coreografias de danças africanas, como o jongo, para que a turma possa praticar - o uso de DVDs de referência com os principais passos é um bom recurso didático. Lembre-se de que essa etapa, que deve durar alguns dias, exige que você se prepare previamente para conhecer instrumentos e danças.

Avaliação
Para avaliar o aprendizado dos procedimentos de música e dança, observe o desempenho da turma ao longo das atividades, prestando atenção especialmente na evolução, na parte rítmica. Para verificar conteúdos conceituais (como é a África, onde se localiza etc.), avalie a participação da classe nas rodas de conversa e na construção do painel coletivo, procurando perceber se cada criança levanta hipóteses, ouve a contribuição dos outros e registra no mural suas descobertas.

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Ritmos Africanos

Além dessa, a revista traz também uma atividade para crianças que trabalha com ritmos africanos. Clique aqui para ver o planejamento dessa atividade.

Revista Raça Brasil - HQ's Africanas

Seja afro-descendente ou não, qualquer brasileiro que goste de quadrinhos tem interesse em saber sobre as HQs africanas. Falar sobre os quadrinhos do continente negro como um todo seria impossível pela sua extensão geográfica e as culturas multifacetadas que existem. Mas é preciso começar por um ponto de partida.



Clique aqui para ver a reportagem.

CQC 04/04/2011 - Discussão sobre Racismo

No programa de 04/04/2011, o programa Custe O Que Custar da Band, exibiu uma pequena discussão sobre o racismo, relacionando-o com "coincidência", lançando a provocação sobre os fatos que acontecem diariamente e as pessoas insistem em não lhes dar a devida atenção. Segue abaixo o vídeo:



CQC Adverte: Se acontece todo dia, não é coincidência!

Sugestão de atividades para a questão racial

Sugestão de atividades
Lucimar Rosa Dias, especialista em Educação e relações raciais, doutoranda em Educação pela Universidade de São Paulo e membro da Comissão Técnica Nacional de Diversidade para Assuntos Relacionados à Educação dos Afro-Brasileiros, do Ministério da Educação, e Waldete Tristão Farias Oliveira, coordenadora pedagógica do Centro de Educação Infantil Jardim Panamericano e formadora de professores, sugerem as seguintes atividades para promover ações afirmativas e combater o preconceito e a discriminação em sala de aula.

RODAS DE CONVERSA

Reunir os pequenos em uma roda abre espaço para conhecê-los melhor. Para entender as relações de preconceito e identidade, vale a pena apresentar revistas, jornais e livros para que as crianças se reconheçam (ou não) no material exposto. A roda é o lugar de propor projetos, discutir problemas e encontrar soluções. Também é o melhor espaço para debater os conflitos gerados por preconceitos quando eles ocorrerem. Nessa hora, não tema a conversa franca e o diálogo aberto.

CONTOS

A contação de histórias merece lugar de destaque na sala de aula. Ela é o veículo com o qual as crianças podem entrar em contato com um universo de lendas e mitos e enriquecer o repertório. Textos e imagens que valorizam o respeito às diferenças são sempre muito bem-vindos.

BONECOS NEGROS

As crianças criam laços com esses brinquedos e se reconhecem. É interessante associar esses bonecos ao cotidiano da escola e das próprias crianças, que podem se revezar para levá-los para casa. A presença de bonecos negros é sinal de que a escola reconhece a diversidade da sociedade brasileira. Caso não encontre bonecos industrializados, uma boa saída é confeccioná-los com a ajuda de familiares.

MÚSICA E ARTES PLÁSTICAS
A música desenvolve o senso crítico e prepara as crianças para outras atividades. Conhecer músicas em diferentes línguas, e de diferentes origens, é um bom caminho para estimular o respeito pelos diversos grupos humanos. E isso se aplica a todas as formas de Arte.

Retirado de: http://bravoafrobrasil.blogspot.com

quinta-feira, 24 de março de 2011

Calendário Afro!

Agora também temos uma nova aba "Calendário Afro!" que engloba várias datas importantes relacionadas à temática africana durante o ano. Com isso, podemos estar informados e também é possível que os professores desenvolvam atividades de conscientização e trabalhem essas datas com os alunos.

Reportagem sobre Racismo

Símbolos contra racismo, Adauto e Grafite lamentam novos casos

'Acho assustador saber que as pessoas ainda tratem um ser humano com diferenças por causa da cor da pele', diz ex-atacante do São Paulo" 

Por Fábio Lima Rio de Janeiro

Adauto, em ação pelo Zilina, da Eslováquia:
brasileiro sofreu na Europa (Foto: AFP)
     Em menos de uma semana, dois casos de racismo contra brasileiros foram registrados na Europa. No último sábado, o lateral-esquerdo Marcelo, do Real Madrid, foi chamado de macaco pelos torcedores do rival Atlético de Madri durante a vitória merengue por 2 a 1. Na segunda-feira, na Rússia, um torcedor do Zenit, de São Petersburgo, "ofereceu" uma banana ao experiente lateral-esquerdo Roberto Carlos. Dois símbolos da luta contra o racismo no futebol lamentaram as novas ofensas no estádio: o atacante Grafite, do Wolfsburg, que em 2005 denunciou o argentino Desábato em uma partida entre São Paulo e Quilmes; e o atacante Adauto, que está no Grêmio Prudente e chegou a ser protagonista de campanhas da República Tcheca após ser vítima do preconceito no país.

     - Acho lamentável e assustador saber que as pessoas, numa era de muita informação e avanço, ainda tratem um ser humano com diferenças por causa da cor da pele, sem contar também preconceitos políticos, religiosos e muitos outros. Essas pessoas se sentem tão superiores, por motivos que só eles entendem, mas são dignas de pena, pois quem não respeita um ser humano só pode ser digno dos sentimentos mais tristes que existem - disse Grafite, por e-mail, ao GLOBOESPORTE.COM.

Grafite e Desábato no momento que antecedeu o histórico caso de racismo (Foto: Diário de São Paulo)
     O atacante Adauto, do Grêmio Prudente, foi sofreu com racismo na Eslováquia e na República Tcheca, país em que chegou a protagonizar uma campanha do governo local contra o preconceito. Acabou virando um ícone na Europa e conhecedor de inúmeros casos. Mesmo consciente de que os russos têm um histórico de atitudes racistas, o jogador se mostrou surpreso com a ação contra Roberto Carlos.
     - No Leste Europeu é normal que aconteça, não sei como não o avisaram. Jamais imaginei que ocorreria com ele por toda a credibilidade que tem no mundo inteiro. No Zenit não é novidade e, neste caso, o Roberto é um atleta que tem mais visibilidade e isso aconteceu por que o Roberto Carlos foi jogar lá. No entanto, deveriam ter mais respeito com ele - explicou em entrevista por telefone.

Experiente, lateral Roberto Carlos não se abalou com ousadia do torcedor do Zenit (Foto: Divulgação)
     Para Grafite, o racismo é uma atitude contrária à essência do futebol e cita Pelé para lembrar que a união entre as raças é fundamental para o sucesso do esporte.
     - O maior jogador de todos os tempos é negro. Com isso já podemos responder essa questão. E, negros ou brancos, futebol é união e mistura das raças. O futebol, em si, não seria nada se não houvesse justamente esta integração entre todos os povos - concluiu.
Adauto vê o caso de Marcelo de maneira diferente: o sucesso do brasileiro e a vitória do Real Madrid acabaram aumentando a ira dos torcedores rivais.
     - Ele estava arrebentando no jogo. Aquilo foi um mecanismo de defesa, é um medo que as pessoas têm. O Marcelo estava fazendo a diferença e eles encontraram esse modo para agredi-lo - avaliou.

Globoesporte.com

quarta-feira, 16 de março de 2011

Biologia, Evolução e a Questão Racial

Evolução: A formação das Raças Humanas

     Looms (1977) explica a formação das raças branca, parda e amarela na espécie humana como um produto da seleção natural em que o agente seletivo seria a vitamina D. A vitamina D interfere na absorção do cálcio pelo intestino e na deposição de substâncias nos ossos em crescimento. A vitamina D é produzida na pele por transformação do dehidrocolesterol pelos raios ultravioletas de comprimento de onda de 290 a 320 milimicrons. Quantidades inferiores a 400 unidades internacionais (UI) de vitamina D levam pessoas ao raquitismo e quantidades superiores a 100.000 UI produzem hipervitaminose D, cujos efeitos seriam: calcificação múltipla dos tecidos, pedras nos rins ou mesmo a morte. Uma UI corresponde a aproximadamente 0.25 g de vitamina D.
     Looms (1967) explica que a taxa de vitamina D no estrato granuloso da pele é regulada pelo processo de pigmentação e queratinização do estrato córneo, que permite somente adequada quantidade de ultravioleta solar penetrar a camada externa da pele e alcançar a região onde a vitamina D é sintetizada. Assim, as peles negra (pigmentada), amarela (queratinizada), parda (razoavelmente pigmentada e queratinizada) representam adaptações no estrato córneo que facilitam a penetração na pele de raios ultravioletas nas latitudes norte e a dificultam na região equatorial de maneira a manter a vitamina D dentro dos limites fisiológicos na espécie humana. Um negro tendo 22.500 cm² de pele, sintetiza, durante um dia tropical de 40.000 a 90.000 UI. Já a carinha de uma criança norueguesa bem loira é suficiente para sintetizar 400 UI, em menos de 3 horas de sol.
     Tendo o Homo evoluído nos trópicos, seus indivíduos mais antigos deveriam ter sido negros e peludos (acredita-se que a adequada pigmentação permitiu a perda dos pêlos). Conforme migraram para o norte, deixando a região tropical, os menos pigmentados tiveram vantagens adaptativas. Ainda, mais para o norte, as crianças mais pigmentadas sofriam mais frequentemente de anormalidades ósseas, tornando-se incapazes de procurar seu próprio alimento e sobreviver. Murray (1934) diz que à medida em que o homem caminho para o norte, que possui regiões menos ensolaradas, uma doença - o raquitismo - acarretou a morte dos elementos da população que fossem mais pigmetados, o que deu a oportunidade para que indivíduos menos pigmentados pudessem se reproduzir, deixando descendentes cada vez menos pigmentados. Acredita-se, portanto, que a ocupação da Escandinávia e do Círculo Polar Ártico ocorreu após a seleção para cor da pele na espécie humana.
     A única exceção à correlação entre a latitude e a pigmentação da pele são nos esquimós. Não obstante sua pele ser pigmentada, não sofrem com altas taxas de raquitismo. Murray atribui isto à dieta rica em óleo de peixe e carne, que são alimentos ricos em vitamina D, tornando desnecessária a seleção para pele despigmentada.
     A pele pigmentada absorve mais calor que a pele não pigmentada. Um Yoroba africano reflete, por exemplo 24% da luz incidente enquanto um europeu, 64%. Com base nesses dados podia-se esperar que indivíduos pigmentados teriam vantagens em ambientes mais frios que indivíduos menos pigmentados. Entretanto, a seleção para ajuste nas taxas de vitamina D foi muito mais efetiva que a seleção para manutenção do calor corporal.
     O avanço da Biologia Molecular permitiu o desenvolvimento de técnicas para comparação de sequenciamento de aminoácidos no DNA de seres humanos de diversos grupos étnicos. O que estes testes apontam é que muitas vezes as diferenças genotípicas são mais acentuadas entre indivíduos de uma mesma raça do que entre indivíduos de raças diferentes. Conclui-se, portanto, que não há como separar geneticamente, mas apenas fenotipicamente grupos de indivíduos tomando a raça como fator.
     Existe, no entanto, um sentindo evolutivo para a existência de diferentes fenótipos na espécie humana. Geneticamente, pertencemos todos a uma mesma espécie, indistitamente. Qualquer tipo de categorização quanto ao estágio evolutivo dos diferentes grupos raciais não tem respaldo algum na biologia evolutiva, pois todos os organismos hoje vivos em nosso planeta, de uma simples bactéria ao Homo sapiens sapiens, representam o ápice bem sucedido de seu processo evolutivo. A existência de muitas raças ou variedades numa mesma espécie favorece a sobrevivência de todo o grupo, ou seja, de cada uma delas, pois a diversificação fenotípica resulta em variabilidade, sem a qual a seleção natural e o potencial adaptativo não poderiam operar.
     Quanta injustiça e sofrimento temos visto, ao longo da história da humanidade, por causa de uma simples vitamina! Quanto ódio, crueldade e preconceito parte da humanidade experimentou por causa da ignorância! Que cada um de nós possa testemunhar a verdade acerca do valor de cada ser humano, independente de sua aparência e do grau de pigmentação de sua pele. Que possamos olhar para as nossas diferenças fenotípicas aprendendo a admirar a grandeza do processo seletivo, capaz de criar tantos e tão belos modelos de seres vivos, que nunca deixarão de se transformar!

Referências
LOOMS, W. F. 1967. Skin-pigment-regulation of vitamin D biosynthesis in man. Science: 157(3788):501-506
MURRAY, F. G. 1934. Evolução, raça e cultura. Amer. Antropol. 36:438

  • Mais um artigo sobre raças humanas
Raça, evolução humana e as (in)certezas da genética - Clique aqui.

    Ensino de Inglês e a temática Afro

    Produção e pilotagem de materiais didáticos de inglês: uma abordagem racial

    O artigo abaixo tem como objetivo apresentar resultados parciais do projeto “Ensino Crítico de Inglês: uma abordagem racial” que visa a produção e pilotagem de materiais didáticos (MD) para o ensino de Língua Inglesa (LI), contribuindo para a discussão acerca de aspectos da cultura negra e colaborando com as Ações Afirmativas.O projeto e o material produzido estão em conformidade com a Lei 11.645/2008. As conclusões preliminares assinalam a extrema relevância em se produzir materiais didáticos que insiram a cultura negra no ensino de LI.

    --> Para ler o artigo completo, clique aqui.

    Geografia e a temática africana

    O uso de filmes no ensino de geografia: uma discussão sobre a representação da África

    O objetivo deste trabalho é apresentar um catálogo de filmes e documentários que abordam preferencialmente assuntos referentes ao continente africano. Este catálogo está sendo desenvolvido como parte do projeto de pesquisa “A Lei 10.639 e o Ensino de Geografia”, que busca analisar desdobramentos da Lei no ensino desta disciplina. Apresentaremos a metodologia de análise das películas que compõem o catálogo e que estão diretamente ligadas a um “temário” construído pelos membros do grupo de pesquisa, que tem no “Ensino de África” um de seus componentes.

    Para baixar o artigo completo: clique aqui!


    Mais sobre Religiosidade Africana!

    1. Indicação de Leitura

    - Artigo: Religiosidade Africana e Afro-Brasileira: identidade e originalidade --> clique aqui.
    - Texto em Blog: Religiosidade Africana --> clique aqui.
    - Blog observatório da Lei 10.639/2003 --> clique aqui.


    2. Indicação de filme


    - Documentário: Dança das cabaças: Exu no Brasil



    Trazido pelos escravos com outros Deuses do panteão Yoruba, Exu foi colocado à margem e passou por um processo de demonização que se inicia na missão católica na África e se estende no período colonial brasileiro, onde seus atributos originais foram ocultados. 
    Exu que na África era caracterizado como o princípio da vida, a força que move os corpos, a dinâmica, o senhor dos caminhos e das encruzilhadas, a principal ponte entre os mortais e as divindades que habitam o além, passa a ser visto como a personificação do mal perante o modelo cristão, devido ao seu seu símbolo fálico e seu comportamento astucioso.
    Dirigido por Kiko Dinucci, o filme passa pelas diversas vertentes das religiões afro-descendentes, dos candomblés (de tradição Nagô, Gege, Bantu), Tambor de Mina, passando pela Umbanda e Quimbanda. Dança das Cabaças-Exu no Brasil conta com participações de Sacerdotes e estudiosos.

    O filme está disponível na internet no You Tube e também pode ser encontrado clicando aqui


    Material para Educação Física

    1. Projeto Cultura Afro-Brasileira - Educação Física em Jundiaí

    Séries envolvidas: 1ª, 2ª e 3ª
    Com a implantação  da lei nº 10.639/03 de 2003, que tornou  obrigatório o ensino da história e cultura da África e dos afro-brasileiros no ensino fundamental e médio, faz-se necessário um trabalho contextualizado à partir de alguns elementos fundamentais dessa cultura: história, jogos e lutas, brincadeiras, musicalidade e as influências na cultura brasileira. Neste projeto dentro da disciplina de Educação Física foram contemplados os seguintes tópicos: música, brincadeiras, capoeira e maculelê. 

    --> Para ler mais informações sobre o andamento do projeto em Jundiaí, clique aqui.



    2. A Lei nº 10.639/03 e a Educação Física: memórias e reflexões sobre a educação eugênica nas políticas de formação de professores


    O artigo apresenta reflexões sobre a historicidade da Educação Física no Brasil, considerando a validade política da Lei nº 10.639/03 e analisando as políticas educacionais voltadas para a formação de professores. Promulgada no ano de 2003 a Lei 10.639/03 obriga a inclusão do ensino da história e da cultura afro-brasileira e africana nos currículos das escolas de ensino fundamental e médio. O texto foi escrito a partir de um dos capítulos da pesquisa de mestrado finalizado em 2008, na Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia. A completude do trabalho reforçou a necessidades de aprofundamento dos estudos étnico-raciais no campo da Cultura Corporal como condição elementar para que professores e alunos de Educação Física pudessem compreender, à luz da história, os desafios propostos pela Lei 10.639/03, especialmente na formação de professores.

    --> Para ler o artigo completo, clique aqui.


    3. Artigos do Centro Esportivo Virtual

    --> A Dança Afro-brasileira Como Conteúdo da Educação Física Escolar na Construção da Identidade Racial dos Alunos Afro-descendentes do Ensino Fundamental: Clique aqui  para ler.

    --> História e Cultura Afro-brasileira (lei Nº 10.639/2003): Um Desafio Para a Educação Física Escolar: Clique aqui para ler.

    quinta-feira, 10 de março de 2011

    Homenagem à Weila


    "Menino, presta atenção!!"



    O projeto do PIBID de História e Cultura Afro se iniciou no ano de 2010. Éramos, ainda, estranhos na escola, apenas estudantes que começaram a frequentá-la e a mexer no seu dia-a-dia comum. Nossa contribuição estava apenas começando.
    Queremos com este pequeno post homenagear a nossa primeira coordenadora, que abraçou nossa causa, defendeu nossas idéias e nos incentivou no inicio de nossa caminhada: nossa querida Weila, professora de história.
    Agradecemos de coração, sua contribuição valorosa! Apesar dos puxões de orelha no inicio e todos nós ainda inexperientes nessa jornada, estamos continuando esse importante caminho, que é contribuir para efetivação da lei 10.639, implementar o que nos é de direito: conhecer essa maravilhosa cultura e história africana!
    Sentiremos saudades!

    Indicação para Artes!


    Algumas indicações de leitura, bibliografia e plano de aula para trabalho de cultura africana na disciplina de artes.

    Leitura:

    Bibliografia

    Plano de aula: A arte africana e suas incluências
    Contém referencial teórico, mostra de máscaras, vídeos e danças, pinturas, esculturas e arquitetura, músicas, com o objetivo de introduzir o aluno em processos teóricos e práticos sobre os fundamentos artísticos da cultura africana. 

    Para ter acesso ao plano completo,  clique aqui. Ele também estará disponível na aba "para o professor!".

    Na escola: PIBID em ação!

    Na E. M. Dr. Gladsen Guerra de Rezende, todos os professores estão incluindo a temática da cultura afro-brasileira em seus planejamentos. Diante do questionamento de alguns sobre: "Como vou trabalhar essa temática?" o PIBID tomou a iniciativa de levar até eles algumas sugestões.
    Isso foi feito através de um mural disponibilizado ná área dos professores na escola que contém informações sobre a importância do estudo da história africana, bem como sugestões por área de trabalho.


    Essa informações também estão disponíveis aqui nos posts do blog, na aba "Para o Professor" e "Links Úteis".

    Plano de aula: Ciências!

     Plano de aula: Racismo e ensino de Ciências no contexto escolar: implicações nas relações sociais

    Autor SANDRO PRADO SANTOS 
    Co-autor Cláudia Regina M. G. Fernandes
    UBERLANDIA - MG
    ESC DE EDUCACAO BASICA 

    O plano de aula contém dicas e informações para o professor de Ciências trabalhar no combate ao racismo e discriminação em sala de aula, com auxílio de reflexões teóricas e um curta-metragem. A aula é realizada em 3 atividades, incluindo apresentação do curta, discussões e reflexões e fechamento com análises do tema. Contém indicação de sites para auxiliar o professor nas discussões e sugestões de métodos avaliativos.

    O que o aluno poderá aprender com essa aula?
    Essas aulas possuem um caráter de ações educativas de combate ao racismo e a discriminação. Dessa forma, o professor enquanto mediador poderá contribuir para que os alunos desconstruam estereótipos de inferioridade étnico-racial, valorizando a diversidade existente em nossa sociedade e principalmente no cotidiano escolar.

    Para vizualizar o plano de aula completo, basta clicar aqui!

    Porque devemos estudar a história africana??

    -> Clique aqui para ler as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana


    É preciso ter bons argumentos para responder a questões como esta. Um bom caminho a seguir seria o da utilização de estratégias que chamassem a atenção dos “ouvintes”(alunos ou mesmo outros educadores) para a importância da África na trajetória histórica da humanidade. É claro que também não podemos esquecer de enfocar seu rico e específico conjunto de sociedades e experiências culturais, sociais, econômicas e políticas.

    Alguns elementos para começar a refletir e a construir bons argumentos sobre a temática.

    1. O estudo da história do continente africano possibilita a correção das referências equivocadas que carregamos sobre os africanos, além, é claro, de tornar mais denso nossos conhecimentos sobre suas características e realidades.

    2. Devemos enfatizar e valorizar algo que está esquecido por muitos: nossa ancestralidade africana. É necessário que articulemos dados sobre a intensa participação africana na elaboração da sociedade brasileira com a ininterrupta tarefa de combate ao racismo e às práticas discriminatórias a que estão sujeitos diariamente milhares de africanos e afro-descendentes espalhados pelo mundo. Se não trabalharmos corretamente com suas características históricas não é possível construir imagens positivas sobre as realidades e sociedades africanas.

    3. Em uma perspectiva legal e jurídica da questão não se pode ignorar que, com a Lei nº. 10.639/03, o ensino da história da África nas escolas tornou-se obrigatório. E mesmo antes disso, os próprios Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) já estabeleciam diretrizes nesse sentido. Ora, se temos de ensinar, portanto, temos de saber como faze-lo.

    4. E, por fim, existe o caráter formativo/intelectual do assunto, o motivo de maior importância entre os apresentados. A África possui tantas escolas de pensadores, de artistas, de intelectuais, e contribuições para o entendimento e construção do patrimônio histórico/cultural da humanidade que é inadmissível simplesmente não estudá-la.

    COMO TRABALHAR A LEI 10.639/03?

    - Deve ser abordado na escola durante todo ano letivo e não somente em datas específicas.


    COMO FAZER VALER A LEI?

    - DEVE SER INCLUÍDA NO CURRÍCULO, NO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO, NAS REUNIÕES DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES.


    O QUE NÃO PODEMOS MAIS FAZER?

    - Tratar a lei como curso, oficina, seminário para depois ser esquecida pelas escolas.


    COMO APROVEITAR O ESPAÇO ESCOLAR COMO NO MOMENTO PEDAGÓGICO PARA DISCUTIR A DIVERSIDADE?


    A identidade étnica passa pelas indagações:

    - Quem sou eu?

    - Qual a minha descendência?

    - Os meus antepassados, quem foram?

    - De onde vieram?

    - O que fizeram?

    - Qual o caminho da mudança?

    IMPORTANTE

    Que todos os envolvidos conheçam as definições legais relativas à elaboração pelas (próprias) instituições de ensino de seus projetos político-pedagógicos incluindo na organização do trabalho pedagógico a ser realizado no seu interior a temática das relações étnico-raciais e a História e Cultura Afro-Brasileira e Africana presentes nos seguintes dispositivos:

    LDB 9.394/96 – Lei que define as diretrizes e bases da educação nacional.

    LEI 10.639/03 – Lei que altera a LDB 9.394/96 que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “Historia e Cultura Afro-Brasileira”

    PARECER CNE/CP 003 de 10/03/2004 e a RESOLUÇÃO CNE/CP 001 de 17/07/2004 – que instituíram e normatizaram as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

    Documentos na íntegra nos sites: http://www.planalto.gov.br no link legislação/leis ordinárias e http://www.mec.gov.br/cne

    Ou com a professora Quirina Beatriz e alunos do PIBID.

    Essas informações também estão disponíveis na aba "Para o Professor", bem como sugestões de tópicos para trabalho por disciplina.

    quinta-feira, 3 de março de 2011

    2010: Consciência Negra - 20 de Novembro

    No dia 20 de novembro de 2010 os bolsistas colaboraram com um evento tradicional na escola, incluindo diversas demonstrações da cultura afro-brasileira como capoeira, hip hop e graffiti. Durante o evento foram feitas pontuações sobre a importância do Dia da Consciência Negra, igualdade racial, e importância do graffiti, hip hop e capoeira como manifestações culturais. Também foi possível observar uma rica interação e receptividade entre os alunos, a comunidade e as apresentações feitas. 
     
    Foram recebidos na escola o grupo Tabinha, o grupo de capoeira do Sardinha e o grafiteiro Carlinhos.
     
    A premiação do Concurso Redação, Poesia e Graffiti foi realizada durante tal evento e contou com prêmios cedidos pelo ROTARY CLUB, tais como bicicletas, mp4's e tênis.O vencedor do concurso do Graffiti teve seu desenho grafitado em uma das paredes da escola e pôde acompanhar todo o trabalho do profissional Carlinhos, junto com os demais interessados, que se informaram e conheceram mais sobre a arte de grafitar.
     


    2010: Concurso Redação, Poesia e Grafitti

    No segundo semestre de 2010, foi realizado um concurso com todos os alunos da escola: manhã, tarde e noite. O objetivo foi fazer com que os alunos expressassem artisticamente seus conhecimentos sobre 20 de novembro e a Consciência Negra. Eles se mostraram bastante empenhados a pesquisar sobre o tema para realizar os trabalhos propostos.
    Foi destinada uma semana para inscrição dos alunos, onde escolheram as modalidades que gostariam de participar. Era possível se inscrever em mais de uma modalidade. Posteriormente, os mesmos foram destinados para as salas que realizariam as provas do concurso sendo fiscalizados por um bolsista. O objetivo era garantir que os próprios alunos fariam os trabalhos com suas opiniões, sem a interferência de terceiros.
    O concurso contou com mais de 500 inscrições e foi bem auxiliado pelos professores, além de muito bem recebido pelos alunos.

    Abaixo uma foto dos alunos realizando as proposições do concurso:



    O material feito pelos alunos foi analisado pelos bolsistas e devidamente pontuado, chegando à classificação dos primeiros lugares de cada turno: manhã, tarde e noite. A premiação foi realizada no evento do dia 20 de novembro, contando com a colaboração do ROTARY CLUB.

    2010: Biblioteca Afro

    No primeiro semestre de 2010, os bolsistas do PIBID, visando cumprir a lei 10.639/03, organizaram na E. M. Gladsen Guerra uma Biblioteca Afro. Para tanto, foi realizado um levantamento na biblioteca na escola e separados todos os livros com a temática Africana. Tais livros foram dispostos em um armário exclusivo para a biblioteca afro e devidamente listados. 


    Dando continuidade ao trabalho, no primeiro semestre de 2011 os livros estão sendo registrados e etiquetados com números próprios. Com o auxílio de um instrumental de empréstimos, os professores poderão utilizar esse material para arrumar modos de inserir a cultura africana em suas aulas da melhor maneira possível.

    Postado por Karla Cunha

    PIBID - UFU

               Olá!
    Este blog trata-se de uma iniciativa do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência – subdivisão de História e Cultura Afro-Brasileira, que foi implementado na Escola Municipal Dr. Gladsen Guerra de Resende viabilizado pela CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior; pela Universidade Federal de Uberlândia.

    Visamos nesse blog divulgar o trabalho feito por nós, ‘pibidianos’ aqui na Gladsen Guerra. Pretendemos também disponibilizar bibliografia, vídeos, atividades, de apoio ao professor que já trabalha ou pretende trabalhar com a temática africana em suas diversas áreas do conhecimento que seja possível aplicar. E muito mais!!!

    Nos próximos posts visaremos a explicação mais detalhada do que seria o PIBID e responderemos as perguntas quando formos requisitados.

    Aproveitem o blog!