terça-feira, 28 de maio de 2013

Professora é condenada pela Justiça após chamar de "nega metida"

"A advogada Tania Maria da Silva Sol, que representa Andreia Meijinhos, considerou exagerada a dimensão que o caso tomou (...)". Este não é um caso de racismo?

A diretora Alba Maria Souza do Nascimento, de 46 anos, do Colégio Trasilbo Filgueiras
A diretora Alba Maria Souza do Nascimento, de 46 anos, do Colégio Trasilbo Filgueiras Foto: Reprodução / Extra
Geraldo Ribeiro
Uma mensagem de texto, com termos considerados preconceituosos, foi encaminhada no começo de janeiro para um número de celular, mas, por engano, foi parar em outro. Este foi o estopim da guerra entre a diretora e a então auxiliar de coordenação de um colégio estadual no Jardim Catarina, em São Gonçalo.
A briga foi parar na polícia, onde o caso foi registrado como injúria racial. E, depois, na Justiça, que deu ganho de causa à diretora Alba Maria Souza do Nascimento, de 46 anos. Com isso, sua ex-auxiliar Andreia Bello Meijinhos, de 39, terá de pagar à antiga chefe, negra, R$ 5 mil, por danos morais.
A relação entre as duas profissionais, lotadas no Colégio Trasilbo Filgueiras, não era boa, mas vinha sendo mantida num nível amigável, desde que a diretora assumiu o cargo, após aprovação em processo seletivo, em março do ano passado. O relacionamento, no entanto, azedou depois que, inconformada com as mudanças promovidas na unidade pela atual direção, Andreia resolveu desabafar com outro funcionário, através de um torpedo.
De acordo com o processo, ela teria escrito: “Não suporto mais olhar p/os cornos dessa nega metida e arrogante...”. Andreia só não contava que, em vez de disparar a mensagem para o colega, a tivesse enviado para o número da diretora.
- Ela até tentou se retratar, me ligando no mesmo dia, mas aí o estrago já estava feito - desabafou a diretora que, inconformada, formalizou denúncia na 74ª DP (Alcântara) e entrou com processo por danos morais na 1ª Vara Civil de São Gonçalo.
A Secretaria estadual de Educação informou que abriu inquérito para averiguar os fatos e que, enquanto aguarda o resultado, manteria Andreia afastada da unidade escolar. A defesa de Andreia prometeu entrar com recurso contra os processos.
Advogada vai recorrer da sentença
A advogada Tania Maria da Silva Sol, que representa Andreia Meijinhos, considerou exagerada a dimensão que o caso tomou, uma vez que, ao perceber que o torpedo foi encaminhado por engano para a diretora, sua cliente teria se apressado em procurá-la, por telefone, para se desculpar. Para ela, se houve divulgação do teor do texto, foi feita pela diretora.
- Estão fazendo estardalhaço em cima de uma coisa que não merecia essa dimensão - defendeu Tania.
Já a diretora argumentou que se considerou humilhada, independentemente de o teor do texto ter sido divulgado ou não a terceiros.
A advogada de Andreia disse que, na segunda, pretende recorrer da sentença, junto à Turma Recursal, do Tribunal de Justiça do Rio. Ela afirmou que não sabia do afastamento da sua cliente da escola e que tentará também reverter isso. Tania disse que sua cliente passa por acompanhamento psicológico desde agosto, por conta de estresse no trabalho. Andreia não quis se pronunciar.
Fonte: http://extra.globo.com/noticias/rio/professora-condenada-pela-justica-apos-chamar-diretora-de-nega-metida-8519212.html#ixzz2Ucmo7URt


domingo, 5 de maio de 2013

Princesa do Carnaval vira miss Bahia e aumenta polêmica racial nas redes sociais

Vice no concurso de Rainha do Carnaval 2012 em Salvador, a bela Priscila Cidreira Santiago, 22, estudante de psicologia, não desistiu de ter uma coroa. E foi assim que no último sábado (25), representando o bairro soteropolitano de Santa Cruz, ela derrotou outras 29 candidatas e foi eleita a miss Bahia 2013. Curta o Tudo Miss no Facebook!
Eleita por um júri que incluía a miss Universo 1968, a baiana Martha Vasconcellos (que continua linda, 45 anos depois do feito), Priscila recebeu a faixa e a coroa de sua antecessora, Bruna Diniz, ao fim do concurso realizado no hotel Sheraton, na capital baiana. Ela agora disputa o Miss Brasil em 28 de setembro, em Belo Horizonte.
Polêmica racial
Mas antes mesmo da grande final, o concurso Miss Bahia 2013 já vinha causando polêmica nas redes sociais por ter apenas duas negras (Priscila e a miss Mata de São João, Rafaela Muniz) entre as 30 candidatas, numa proporção pouco representativa da população do Estado, majoritariamente parda ou negra. Uma foto que reunia todas as competidoras, mas onde as duas negras mal apareciam, circulou pela internet e gerou debate. O concurso acabou sendo apelidado de "Miss Bahia Nórdica 2013".
Veja também:
Brasileira eleita miss Italia nel Mondo incentiva misses negras: “Nunca desistam!”





Fãs da Vice


Nos meses que antecederam o Miss Bahia 2013, o favoritismo coube à miss Luís Eduardo Magalhães, Patrícia Guerra, que acabou sendo vice de Priscila.
Após a decisão dos jurados, admiradores de Patrícia protestaram. Entre os inconformados está um internauta identificado como Pedro Vinicius. Ele postou na página do Miss Bahia no Facebook que a coroação da negra foi "politicagem". Na mesma linha, um internauta que se identificou como Paulo Santos acabou desmerecendo a vitória de Priscila:
— Isso é concurso de beleza interior, simpatia ou é pra fazer média com os movimentos negros? (...) Eleger essa aí é forçação de barra mesmo, isso aqui é concurso de beleza, não de coitadismo, essas bibas que votam deviam ter isso em mente.
Já a internauta Elaine Cristina Souza, por sua vez, rebateu:
— É duro ser negro nesse país de gente hipócrita.
Apesar da controvérsia, não faltaram elogios nas redes sociais à nova miss Bahia, destacando a beleza e a elegância de Priscila.
Segundo a imprensa local, Priscila declarou ser fã de duas negras famosas: a angolana Leila Lopes, eleita miss Universo 2011, e a primeira-dama dos EUA, Michelle Obama.
E a edição de 2013 do Miss Bahia já deve ser a mais falada desde 2005, quando a hoje primeira-dama da Paraíba, Pâmela Bório, era favorita ao título (e apontada por alguns missólogos não apenas como miss Bahia, mas também miss Brasil e até miss Universo 2005), mas acabou sendo vice.






Fonte: http://entretenimento.r7.com/blogs/tudo-miss-e-tudo-mais/2013/05/29/princesa-do-carnaval-vira-miss-bahia-e-aumenta-polemica-racial-nas-redes-sociais/





NEGROS DE CABELO NATURALMENTE LOIROS

Pesquisadores das universidades de Stanford, de Bristol, da UC San Francisco e do Instituto Max Planck de Antropologia Evolucionária acabam de publicar um relatório na revista Science com uma conclusão, no mínimo, surpreendente: o cabelo loiro de alguns habitantes da Melanésia, na Oceania, é uma variação natural. Antes, os cientistas acreditavam que tal fenômeno se dava por algum fator externo, como exposição ao sol ou uma dieta rica em peixe, comum na região.


O grupo recolheu saliva e pigmentação do cabelo de 1000 moradores das Ilhas Salomão. O material comprovou que a variação é nativa, sendo, portanto, diferente da que é responsável pelo cabelo loiro do norte europeu. Os resultados atraíram a curiosidade de diversos membros da comunidade acadêmica. Um dos pesquisadores envolvidos no estudo, Sean Myles explica que o gene TYRP1 é exclusivo aos melanésios.
“Cabelos loiros, portanto, surgiram pelo menos duas vezes durante a evolução humana: uma vez nos ancestrais europeus e outra vez no extremo oposto da terra, nos ancestrais melanésios. Isso representa um fascinante exemplo de evolução convergente: quando o mesmo resultado (cabelo loiro) é realizado por diferentes meios (variantes genéticas independentes)", frisa o professor da Dalhousie University.

Resultados teriam impacto na saúde global

Ainda de acordo Myles, em um texto publicado no blog dele nesta sexta-feira, tal descoberta amplia a área de atuação da pesquisa genômica médica - que, segundo ele, concentra-se quase que exclusivamente sobre as populações de origem europeia.
"Gastamos bilhões de dólares em busca de genes subjacentes a determinadas doenças em uma pequena fração da diversidade humana, que se concentra em países ricos. Variações, como a encontrada na Melanésia, provavelmente existem em todo mundo, em populações sub-representadas. E isso não afeta apenas a pigmentação do cabelo, mas também em traços relacionados a doenças. Num futuro da medicina personalizada, onde os médicos irão analisar as sequências genéticas dos pacientes para criar drogas sob medida, os indivíduos de origem europeia seriam mais beneficiados" acredita o pesquisador.







BEATIFICAÇÃO DE NHÁ CHICA EM MINAS GERAIS

Agora é oficial. Francisca de Paula de Jesus, a "Mãe dos Pobres" de Baependi (MG), é a primeira negra, analfabeta e filha de escrava a receber o título de beata pela Igreja Católica no Brasil. A cerimônia que concedeu o título à mulher que viveu a maior parte de sua vida no Sul de Minas começou pontualmente às 15h deste sábado (4).
Usando sombrinhas e proteções, milhares de fiéis acompanharam a cerimônia sob o sol, do jeito que puderam. Pessoas de todas as idades, desde crianças até idosos, participaram da celebração. Além dos fiéis, também estiveram presentes autoridades religiosas do Vaticano e da Igreja Católica brasileira. Gilberto Carvalho, secretário geral da Presidência da República representou a presidente Dilma Rousseff. O governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia, também acompanhou a cerimônia.





Nhá Chica
Francisca de Paula de Jesus, a Nhá Chica, será a primeira beata negra do país. Leiga, ela não pertencia a nenhuma ordem religiosa. Analfabeta, não lia a bíblia, mas aplicava no dia a dia o amor ao próximo e a caridade, o que a fez ser conhecida como "Mãe dos Pobres". Nhá Chica nasceu em São João Del Rei (MG) mas viveu a maior parte da sua vida em Baependi (MG), onde morreu no dia 14 de junho de 1895. Desde então, os relatos de cura por intercessão de Nhá Chica são vários.
O processo de beatificação começou em 1993, mas foi em 1995 que o processo ganhou um capítulo decisivo. Em julho daquele ano, a professora Ana Lúcia Leite descobriu que tinha um problema congênito no coração. Na véspera de fazer uma cirurgia, ela sentiu uma forte febre e exames posteriores revelaram que o problema havia desaparecido. Ana Lúcia havia rezado a Nhá Chica e considera que foi curada por intermédio dela.
Em 1998, o provável milagre foi enviado ao Vaticano. Em janeiro de 2011, o Papa Bento XVI aprovou as virtudes heróicas da religiosa e designou o título de Venerável a Nhá Chica. Em outubro do mesmo ano, a comissão médica da Congregação das Causas dos Santos do Vaticano aprovou o milagre atribuído a Nhá Chica, concordando que a cura não tem explicação científica. A comissão de cardeais do Vaticano atestou o milagre em junho de 2012 e no mesmo mês, o Papa Bento XVI assinou o decreto de beatificação de Nhá Chica.

Fonte:http://g1.globo.com/mg/sul-de-minas/noticia/2013/05/negra-e-filha-de-escrava-nha-chica-e-beatificada-em-baependi-mg.html


sexta-feira, 3 de maio de 2013

os dialetos, as histórias, causos, músicas e danças

Vissungos, Danças e Batuques


Quanto às “danças específicas ou comuns das comunidades negras”, destacam-se entre elas, sem dúvida, o batuque e seus derivados, como por exemplo, o lumdum. Se bem que o Estado de Minas em matéria recente referiu-se a “batuque dos pretos” e o “lundum dos brancos”.(!).
As Cartas Chilenas, para zombar do Fanfarrão Minésio, comparam um local de lazer que o governador criara em Vila Rica ao próprio Quilombo do Pai Ambrósio, onde, depois de falar da iluminação noturna com tigelas de azeite, fala de toda a gentalha e pretos que lá compareciam, da lascívia, da mistura de classes sociais, da mulata em trajes de homem, das danças de lundu e do vil batuque, enfim - na visão do escriba e de seu público - do pecado e da imundície social e espiritual do local.
A iconografia brasileira, mormente através de Spix & Martius, Rugendas e Debret, é rica em imagens dessas danças, sem dúvida de origem africana, mormente dos povos de Angola e de Moçambique.
Os negros de todas as nações, além de pendores para todas as artes, têm o ritmo na alma. Sem ritmo, não há vida. Os comerciantes tumbeiros descobriram isto logo nos primeiros contatos com a África. Quando traziam suas cargas para o Brasil, regularmente levavam os cativos para o convés e os faziam dançar para evitar doenças tais como o banzo que, acometendo um negro, o mata de tristeza.
Também para trabalhar, os pobres escravos lançavam mão do canto e do ritmo para aliviar os seus sofrimentos.  Aires da Mata Machado Filho ensinou que:
Esses cantos de trabalho ainda hoje são chamados de 'vissungos'.  A sua tradução sumária é o 'fundamento', que raros sabem hoje em dia. Pelo geral dividem-se os vissungos em 'boiado', que é o solo tirado pelo 'mestre' sem acompanhamento nenhum, e o 'dobrado', que é a resposta dos outros em coro, às vezes com acompanhamento de ruídos feitos com os próprios instrumentos usados na tarefa.
Alguns são especialmente adequados ao fim e acompanham fases do trabalho nas minas. Outros parecem cantos religiosos adaptados à ocasião, já no exercício consciente de práticas feiticistas, já pelo esquecimento do primitivo significado[1].
Os negros no serviço cantavam o dia inteiro. Tinham cantos especiais para a manhã, o meio dia e a tarde. Mesmo antes do sol nascer, pois em regra começava o serviço alta madrugada, dirigiam-se à lua, em uma cantiga de evidente teor religioso[2].
Dos vissungos, pode-se dizer, originam-se também muitas das tradições dos desafios de repentistas onde, os cantadores, lançando mão até mesmo de recursos mágicos - cantando com a boca na terra, por exemplo - procuravam abafar o canto do grupo adversário.
As festas religiosas das confrarias de negros e pardos não satisfaziam de todo a vontade de cantar, de dançar e batucar; os cantos de trabalho limitavam-lhes a expressão corporal e a criatividade. Além do mais, ninguém é de ferro!
Altas horas da noite, após um duro dia de trabalho, e mais comumente no domingo, com ou sem a autorização do 'sinhô', a grande alegria era o batuque.           
De acordo com algumas interpretações a este respeito, alguns senhores permitiam estas 'distrações', não por sentimento humanitário ou de respeito à cultura de seus escravos mas, ao contrário, para manter viva a origem africana. Isto significa que ao reviver suas tradições os negros não se esqueceriam de muitas das aversões e disputas. '(...) Assim divididos, eles não se arriscariam a um levante em conjunto (...) contra os seus senhores (...)[3].
Mas foi mesmo nas vendas que o batuque ganhou a sociedade como um todo e criou fama. Má fama: as reclamações mais freqüentes eram sobre as desordens e brigas ocorridas nos batuques que sempre foram proibidos, mas que nunca pararam de se realizar, nas vendas. Em algumas vilas, no século XIX, ainda eram proibidos:
São tão bem proibidas as infames e perniciosas danças a que chamão batuques, ou se fação em público, ou em particular, de dia ou de noite, como oppostas aos Dogmas da Nossa Santa Religião, e Moral pública, e pelas terríveis conseqüências que repetidas vezes tem acontecido com tão deshonesto brinquedo: toda a pessoa de qualquer sexo, qualidade ou condição que seja, que se achar comprehendida em taes danças será preza por dez dias posto que não seja em flagrante; a mesma pena terá o dono, ou dona da caza em que se fizerem as ditas danças. 1829[4].
Digno de nota é que, proibido aos pretos e gentalhas, o batuque foi para as altas rodas de Vila Rica, onde, em 1815 era permitido e festejado, consoante anotou o viajante inglês George Wilhelm Freyreiss:
Entre as festas merece menção a dança brasileira, o batuque. Os dançadores formam roda e, ao compasso de uma viola, move-se o dançador no centro, avança e bate com a barriga de um outro da roda, de ordinário pessoa de sexo oposto. No começo, o compasso da música é lento, porém, pouco a pouco, aumenta, e o dançador do centro é substituído cada vez que dá uma umbigada; e assim passam noites inteiras. Não se pode imaginar uma dança mais lasciva do que esta, razão porque tem muitos inimigos, especialmente entre os padres. Assim, por exemplo, um padre negou a absolvição a um seu paroquiano, acabando dessa forma com a dança, porém, com grande descontentamento de todos. Ainda há pouco, dançava-se o batuque em Vila Rica numa grande festa na presença de muitas senhoras, que aplaudiram freneticamente. Raro é ver outra dança no campo, porém, nas cidades, as danças inglesas quase que substituíram o batuque[5].
Durante quase todo o século XIX o batuque sobreviveu nas vendas e festas de gente pobre. Num determinado momento, passou a ser chamado pelos ricos despeitados de forrobodó. (Forro: de forro, ex-escravo; bodó: de bodum (buzum), cheiro de preto, ou de bode, cabra, mestiçado com negro)[6]. Esta festa de pretos e gentalha seria, hoje, o nosso forró[7].
Mas, voltando aos primórdios do batuque, quando se realizava até altas horas da noite, com toda a sua maravilhosa indecência, onde se cometiam muitas brigas e insolências, razão de muita cabeça quebrada e fato derramado[8], no seu palco maior:
Pontos de ligação entre o comércio e os quilombos, esconderijo de negros fugidos, locais alegres de batuques, as vendas foram também pontos privilegiados de contrabando[9]. 
Atrás do batuque e da prostituição das vendas, havia os pontos de contatos e contratos ligados ao contrabando.

O apoio governamental aos grupos de dança afro poderia garantir a sobrevivência das danças antigas. Porém, seria adequado que esses grupos, ligados ou não a comunidades quilombolas, se organizassem em associações e confederações.
2003 © Todos os direitos reservados a Tarcísio José Martins

Principais Quilombos Brasileiros.

Bahia

1. Quilombo do rio Vermelho
2. Quilombo do Urubu
3. Quilombo de Jacuípe
4. Quilombo de Jaguaribe
5. Quilombo de Maragogipe
6. Quilombo de Muritiba
7. Quilombos de Campos de Cachoeira
8. Quilombos de Orobó, Tupim e Andaraí
9. Quilombos de Xiquexique
10. Quilombo do Buraco do tatu
11. Quilombo de Cachoeira
12. Quilombo de Nossa Senhora dos Mares
13. Quilombo do Cabula
14. Quilombos de Jeremoabo
15. Quilombo do rio Salitre
16. Quilombo do rio Real
17. Quilombo de Inhambuque
18. Quilombos de Jacobina até o rio São Francisco.
Nota: Stuart B. Schwartz conseguiu listar 35 quilombos na região da Bahia entre os séculos XVII, XVIII e XIX.

Sergipe

1. Quilombo de Capela
2. Quilombo de Itabaiana
3. Quilombo de Divina Pastora
4. Quilombo de Itaporanga
5. Quilombo do Rosário
6. Quilombo do Engenho do Brejo
7. Quilombo de Laranjeiras
8. Quilombo de Vila nova
9. Quilombo de São Cristóvão
10. Quilombo de Maroim
11. Quilombo de Brejo Grande
12. Quilombo de Estância
13. Quilombo de Rosário
14. Quilombo de Santa Luíza
15. Quilombo de Socorro
16. Quilombo do rio Cotinguiba
17. Quilombo do rio Vaza Barris

Pernambuco

1. Quilombo do Ibura
2. Quilombo de Nazareth
3. Quilombo de Catucá (extensão do Cova da Onça)
4. Quilombo do Pau Picado
5. Quilombo do Malunguinho
6. Quilombo de Terra Dura
7. Quilombo do Japomim
8. Quilombos de Buenos Aires
9. Quilombo do Palmar
10. Quilombos de Olinda
11. Quilombo do subúrbio do engenho Camorim
12. Quilombo de Goiana
13. Quilombo de Iguaraçu

Maranhão

1. Quilombo da lagoa Amarela (Preto Cosme)
2. Quilombo do Turiaçu
3. Quilombo de Maracaçamé
4. Quilombo de São Benedito do Céu
5. Quilombo do Jaraquariquera

Paraíba

1. Quilombo do Cumbe
2. Quilombo da serra de Capuaba
3. Quilombo de Gramame (Paratuba)
4. Quilombo do Livramento

Rio Grande do Sul

1. Quilombo do negro Lúcio (ilha dos Marinheiros)
2. Quilombo do Arroio
3. Quilombo da serra dos Tapes
4. Quilombo de Manuel Padeiro
5. Quilombo do município de Rio Pardo
6. Quilombo na serra do Distrito do Couto
7. Quilombo no município de Montenegro (?)
Nota: a interrogação posta depois do quilombo do município de Montenegro significa que as fontes informativas não são conclusivas quanto à sua existência; o quilombo de Manuel Padeiro é chamado, em algumas fontes, de Manuel Pedreiro.

Santa Catarina

1. Quilombo da Alagoa (Lagoa)
2. Quilombo da Enseada do Brito
3. Outros quilombos menores "que devem ter dado muito trabalho"

Minas Gerais

1. Quilombo do Ambrósio (Quilombo Grande)
2. Quilombo do Campo Grande
3. Quilombo do Bambuí
4. Quilombo do Andaial
5. Quilombo do Careca
6. Quilombo do Sapucaí
7. Quilombo do morro de Angola
8. Quilombo do Paraíba
9. Quilombo do Ibituruna
10. Quilombo do Cabaça
11. Quilombo de Luanda ou Lapa do Quilombo
12. Quilombo do Guinda
13. Lapa do Isidoro
14. Quilombo do Brumado
15. Quilombo do Caraça
16. Quilombo do Inficionado
17. Quilombos de Suçuí e Paraopeba
18. Quilombos da serra de São Bartolomeu
19. Quilombos de Marcela
20. Quilombos da serra de Marcília
Nota: Carlos Magno Guimarães conseguiu listar 116 quilombos em minas Gerais no século XVIII.

São Paulo

1. Quilombos dos Campos de Araraquara
2. Quilombo da cachoeira do Tambau
3. Quilombos à margem do rio Tietê, no caminho de Cuiabá
4. Quilombo das cabeceiras do rio Corumateí
5. Quilombo de Moji-Guaçu
6. Quilombos de Campinas
7. Quilombo de Atibaia
8. Quilombo de Santos
9. Quilombo da Aldeia Pinheiros
10. Quilombo de Jundiaí
11. Quilombo de Itapetininga
12. Quilombo da fazenda Monjolinhos (São Carlos)
13. Quilombo de Água Fria
14. Quilombo de Piracicaba
15. Quilombo de Apiaí (de José de Oliveira)
16. Quilombo do Sítio do Forte
17. Quilombo do Canguçu
18. Quilombo do termo de Parnaíba
19. Quilombo da freguesia de Nazaré
20. Quilombo de Sorocaba
21. Quilombo do Cururu
22. Quilombo do Pai Felipe
23. Quilombo do Jabaquara

Rio de Janeiro

1. Quilombo de Manuel Congo
2. Quilombos às margens do rio Paraíba
3. Quilombos na serra dos Órgãos
4. Quilombos da região de Inhaúma
5. Quilombos dos Campos de Goitacazes
6. Quilombo do Leblon
7. Quilombo do morro do desterro
8. Bastilhas de Campos (quilombos organizados pelos abolicionistas daquela cidade)

Região Amazônica

1. Amapá: Oiapoque e Calçoene
2. Amapá: Mazagão
3. Pará: Alenquer (rio Curuá)
4. Pará: Óbidos (rio Trombetas e Cuminá)
5. Pará: Caxiu e Cupim
6. Alcobaça (hoje Tucuruí), Cametá (rio Tocantins)
7. Pará: Mocajuba (litoral atlântico do Pará)
8. Pará: Gurupi (atual divisa entre o Pará e o Maranhão)
9. Maranhão: Turiaçu (rio Maracaçume)
10. Maranhão: Turiaçu (rio Turiaçu)
11. Pará: Anajás (lagoa Mocambo, ilha de Marajó)
12. Margem do baixo Tocantins: Quilombo de Felipa Maria Aranha

Mato Grosso

1. Quilombo nas vizinhanças do Guaporé
2. Quilombo da Carlota (denominado posteriormente Quilombo do Piolho)
3. Quilombos à margem do rio Piolho
4. Quilombo de Pindaituba
5. Quilombo do Motuca
6. Quilombo de Teresa do Quariterê
Fonte: www.terrabrasileira.net

quarta-feira, 1 de maio de 2013

EUA: pela 1ª vez, escola integra brancos e negros em baile de formatura


29 de Abril de 2013•16h03 • atualizado às 16h20 (fonte:Terra Noticias)

Casais de brancos e negros entraram juntos para o primeiro baile de formatura sem a segregação racial Foto: Daily Mail / Divulgação

Pela primeira vez na história de um colégio da Geórgia alunos brancos e negros puderam dançar juntos no baile de formatura, no último sábado. 
A festa aconteceu quase 60 anos após a Suprema Corte dos Estados Unidos ter decidido pela proibição da segregação racial nas escolas do País.
As informações são do Daily Mail.A festa contou com toda a pompa de uma formatura de ensino médio normal americana, com casais chegando juntos em limusines, as meninas usando vestidos longos com babados e muita animação.
A única diferença é que os alunos da Wilcox County High School terminaram com a tradição de segregação da comunidade depois de levantar dinheiro para um baile integrado.Durante décadas, o distrito escolar evitou a união das raças, promovendo bailes separados organizados pelos pais.
 Mas este ano quatro amigos – dois negros e dois brancos – se uniram para acabar com a prática de fazer festas de formatura separadas para brancos e negros.
Eles começaram uma campanha no facebook pelo baile integrado, que rapidamente ganhou mais de 26 mil seguidores.
Após o sucesso da festa, o distrito escolar anunciou que a partir do próximo ano o baile de formatura integrado será adotado oficialmente pelas escolas. 
A decisão pode representar o fim definitivo de um dos bastiões da segregação racial que ainda perduram nos Estados Unidos.


Violencia na escola,por discriminação.



01/05/2013 07h52 - Atualizado em 01/05/2013 07h57
Menor relata ter esfaqueado colega após sofrer bullying, diz polícia
Jovem disse ao delegado que sofria ofensas devido a sotaque nordestino.
Caso de agressão ocorreu na terça-feira (30); vítima tem estado estável.
Do G1 São Paulo

A menor de 17 anos que confirmou ter esfaqueado um colega em frente a uma escola, em Ribeirão Pires, no ABC, na terça-feira (30), disse à polícia que era vítima de bullying. De acordo com o delegado José Marcos Monteiro Pimenta, a estudante relatou ter levado uma faca para a escola para se defender.
"Ela alega que vinha sendo provocada frequentemente pela vítima, que a xingava de recalcada, usava a expressão 'negra recalcada' e fazia gozação pelo sotaque nordestino que ela tem, já que ela é de origem pernambucana", diz o delegado, em reportagem do Bom Dia São Paulo.
Atingido pela menor, o aluno de 16 anos sofreu uma perfuração no tórax, em frente à Escola Estadual Farid Eid, na Rua Fagundes Varelas, no bairro Jardim Caçula. O estudante ferido foi encaminhado ao Hospital Santa Marcelina, onde passou por uma cirurgia. Seu estado de saúde é considerado estável. Já a adolescente que confirmou a agressão passou a noite na delegacia e permanece à disposição da Vara da Infância e da Juventude.
saiba mais
Os dois alunos já tinham sido punidos por causa de uma briga em sala de aula. "Eles foram punidos pela direção com uma suspensão e a situação foi comunicada aos pais. Aparentemente uma brincadeira que acabou se transformando em uma agressão", afirma Felippe Angeli, assessor da Secretaria Estadual de Educação.
Segundo Angeli, cabe ao sistema judiciário e à Vara da Infância e da Juventude decidir as medidas a serem tomadas. “Trata-se de um crime previsto no Código Penal Brasileiro. Por ela ser menor de idade isso caracteriza um ato infracional, que pode ser punido com medida socioeducativa”, afirmou.
O caso foi registrado na Delegacia de Rio Grande da Serra, devido à falta de energia no Distrito Policial de Ribeirão Pires.